Os maias
Pessoa e cultura
Ser Pessoa perante vários papéis
Cada um de nós representa vários papéis, somos vários personagens. De acordo com cada papel e com as características de cada personagem, assim nos vestimos, falamos e gesticulamos, reagimos. Cada papel e cada personagem implicam um conjunto de características ajustadas a essas personagens que vão evoluindo no grande palco do mundo. Na mesma época e ao longo da nossa vida cada uma representa vários papéis. Por exemplo, eu neste momento sou aluna duma escola, integro num núcleo familiar, faço parte de um grupo de amigos e sou jogadora de voleibol. Um dia mais tarde posso vir a ser mãe, educadora de infância, jogadora profissional de voleibol ou médica. Mais tarde, poderei ser avó babada. Em cada uma das situações represento um papel diferente de acordo com a personagem que sou em cada momento. A cada papel e personagem corresponde um determinado comportamento: não nos comportamos na mesma maneira quando estamos a passear na rua com os amigos ou quando estamos na mesma em diante dos pais. Diferentes personagens, diferentes papéis, diferentes modos de estar. Por detrás dessa pluralidade de personagens e papéis existe uma entidade única que se manifesta nessa variedade. Essa entidade é a pessoa. Cada pessoa suporta esse jogo de papéis diversos no palco da vida. A sua entidade constrói-se nessa pluralidade.
Cultura
A natureza não fornece ao Homem tudo aquilo de que ele precisa, ao mesmo tempo, quando nasce recebe uma herança genética, transmitida pela hereditariedade. O ser humano é levado a produzir cultura, na medida em que ele se desenvolve construindo um mundo mais humano, ajustado às suas necessidades e aos seus projectos. Quando se fala de cultura não nos estamos a referir à posse de conhecimentos, mas a um conjunto que engloba saberes, crenças, produções artísticas, económicas, técnicas e artesanais, bem como a moral