universidade dos pés descalços
Capital Social, Rede Social e de Cidadania
No Rajastão, na Índia, existe uma escola extraordinária que ensina homens e mulheres do meio rural, muitos deles analfabetos, a tornarem-se Engenheiros Solares, Artesãos,
Dentistas, Médicos, Empreiteiros, Arquitetos, Químicos, Tecelões, Operários, Técnicos de Comunicação, Cozinheiros e Construtores, nas suas próprias aldeias: é a
Universidade dos Pés Descalços, fundada por “Bunker” Roy
Vamos até Tolonia, no Rajastão. Aqui, um grande número de pessoas vive com menos de um dólar por dia, os direitos humanos são mínimos e as mulheres são privadas de direitos e discriminadas. Na Tolonia, também temos um espaço social e de aprendizagem extraordinário, o Barefoot College (BC) - a Universidade dos Pés
Descalços - onde se criam condições para que seja ultrapassada a situação de pobreza extrema e onde se luta contra os condicionalismos que esta potencialmente provoca.
O seu fundador, “Bunker”Roy,1 inspirou-se na doutrina de Mahatma Gandhi.
Viveu em aldeias praticamente incultiváveis, sem água e com clima agreste. Conheceu e conviveu com a “vida” dos aldeões, sentiu o abandono das comunidades rurais por parte dos governantes, partilhou da sua pobreza e da sua sabedoria. Em 1972, iniciou o projeto através do qual procurava respostas para os problemas relacionados com a
“qualidade da água potável, a educação feminina, a saúde e o saneamento, a habitação, o desemprego rural, a criação de rendimento, a energia, a conscientização social e a conservação de sistemas ecológicos na Índia rural.” (Barefoot College, 2013).
O projeto veio culminar com o BC, onde os pobres fazem aprendizagens e posteriormente as implementam nas suas comunidades. Atualmente
o BC, forma
maioritariamente mulheres pobres, oriundas de zonas rurais de 49 países situados em
África, na Ásia e na América Latina. Um número significativo destas, são engenheiras solares. As mulheres pobres,