O Mestre Ignorante
Destacou-se sob a tutela de Louis Althusser, rompendo com ele logo depois, por defender a resistência dentro da Revolução. Defende a ideia que todos podem pensar, independentemente de seu nível intelectual.
Seus críticos possuem uma certa dificuldade em defini-lo, pois ele próprio afirma que sua obra não pertence a nenhuma disciplina, querendo assim quebrar fronteiras de uma disciplina individual.
No livro O Mestre Ignorante, Rancière propõe uma reflexão aos seus leitores. Introduz uma nova forma possível de aprendizagem aos alunos, homens letrados e iletrados.
Critica o método de ensino atual, chamado por ele de Velho, e discorre sobre uma nova forma de aprendizagem: a emancipação intelectual.
Expõe no livro esse novo ensino, através de uma experiência de certa forma arriscada. Em que o professor Joseph Jacotot, convidado a lecionar para uma turma na Universidade de Louvain, não fala o mesmo idioma dos alunos, o holândes. Então, com a ajuda de um intérprete entrega um livro e dicionário aos alunos, falando para consultarem no dicionário as palavras do livro que se igualam a sua língua original. O método de Ensino Universal mostra-se eficiente no que diz respeito a instigar no aluno a inteligência, contribuir para que se crie no aprendiz a vontade de estudar, de aprender. Tal papel torna-se importante dentro da sociedade atual na qual a modernização e a evolução tecnológica tem causado estagnação dos aprendizes, a possibilidade de respostas eficientes obtidas com pouco esforço traz sérias consequências ao sistema educacional.
A emancipação necessária à aplicação de tal método traz uma perspectiva pouco explorada, a possibilidade de o mestre aprender com o aluno e quebrar o paradigma de que apenas os mestres dominam o conhecimento, pois