Mapeamento o mestre ignorante
Uma aventura Intelectual * O livro é apresentado como uma abordagem da história de um pedagogo francês do início do século XIX, Joseph Jacotot. Mostra a instituição pedagógica, vista como uma forma de tentar distanciar a separação da Escola e a sociedade pedagogizada, querendo estabelecer uma igualdade. “A própria desigualdade já supõe: aquele que obedece a uma ordem deve, primeiramente, compreender a ordem dada e, em seguida, compreender que deve obedecê-la. Deve, portanto, ser igual a seu mestre, para submeter-se a ele.” (página 11). [Mas até o ato de receber a palavra do mestre, não se sabe se é um ato de igualdade ou desigualdade, como também fica questionado se o sistema de ensino tem por pressuposto uma desigualdade a ser “reduzida”, ou uma igualdade a ser verificada]. * E nessa modernidade, ficou mais clara a desigualdade, com a instrução escolar mais encarregada de superar a distância entre a igualdade e a desigualdade existente. [“A igualdade é fundamental e ausente, ela é atual e intempestiva, sempre dependendo da iniciativa de indivíduos e grupos que, contra o curso natural das coisas, assumem o risco de verifica-la, de inventar as formas, individuais ou coletivas, de sua verificação. Essa lição, ela também, é mais do que nunca atual.”] * Joseph fez uma experiência em que solicitava aos alunos (holandeses) que escrevessem em francês o livro que pediu para que lessem. E para sua surpresa, eles haviam ultrapassado a expectativa do professor, pois sozinhos haviam buscado as palavras francesas correspondentes àquelas que conheciam e suas desinências, formando frases de escritores. Assim, Joseph viu que o ato do mestre era explicar, destacar os elementos simples do conhecimento, transmitir conhecimentos e formar os espíritos, fazendo progredir o aluno. Seria assim, que o mestre soubesse a diferença entre o aprender e o compreender, pois seria como crianças aprendendo, sem mestre explicador, e sim, se apropriando de palavras