Unidade e Diversidade Cultural
As classes altas e a pequena tradição
Algumas sociedades tribais que são pequenas, isoladas e autossuficientes, possuem uma única cultura. Nas sociedades tribais ao mesmo tempo em que os artistas cantam e participam de rituais e passam seus ensinamentos aos outros, eles caçam e coletam. Todos participam das mesmas funções, mesmo que o cantor possa participar menos em algumas atividades. A participação das demais pessoas na apresentação artística é importante. Elas respondem as charadas e cantam em coro.
Essa descrição ou modelo tem sua importância para a Europa no início dos tempos modernos, pelo menos nas regiões mais pobres e distantes, onde eram raros nobres e clérigos. Esse modelo não se aplica á maior parte da Europa do nosso período. Na maioria dos lugares existia uma estratificação cultural e social. Havia uma minoria que a língua dos cultos. Em algumas sociedades existiram duas tradições culturais, a grande tradição da minoria culta e a pequena tradição dos demais.
A grande tradição era cultivada em escolas ou templos, já a pequena tradição opera sozinha e se mantém na vida dos iletrados, em suas comunidades aldeãs. Ambas são interdependentes. Os grandes épicos surgiram de elementos de contos tradicionais narrados por muita gente e os épicos voltaram novamente ao campesinato para modificação e incorporação nas culturas locais.
A grande tradição inclui a tradição clássica, em que eram transmitidos nas escolas medievais, movimentos intelectuais que provavelmente só afetaram a minoria culta: a Renascença, Revolução Científica do século XVII, o Iluminismo. Eles participavam de festividades nacionais, como festas de santos e as grandes festas sazonais Natal e Ano Novo.
A participação das classes altas (nobreza) na cultura popular, que foi um fenômeno importante na vida europeia, extremamente visível nas festividades. O Carnaval era para todo. Pelo menos nas cidades ricos e pobres, nobres e plebeus assistiam aos