Uma opinião sobre o professor e libras
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O surdo, no meu ponto de vista, entre os vários tipos de deficiência é o que mais sofre com a falta de inclusão. Isso se dá porque visivelmente ele não possui nenhum problema. Nós podemos reconhecer um portador de deficiência visual ou alguém que possua mobilidade reduzida na fila de um banco ou de qualquer outro lugar. Mas dificilmente reconhecemos um surdo. Ao olharmos pra ele, ele é prefeito: pode se locomover sozinho sem cadeira de rodas ou cão-guia, pode fazer o que bem entender - porém na verdade não é bem assim. Muitas crianças surdas só são diagnosticadas após os dois ou três anos de idade, pois os pais e familiares não percebem o problema. Por isso o deficiente auditivo ficou tantos anos em oculto. Há alguns anos dificilmente ouviamos falar a respeito de alguém conhecido que sofresse de surdez (isso mesmo, surdez! O surdo só não fala porque não ouve!). Hoje a questão é mais divulgada, mas ainda falta muito. Ao meu ver, é muito importante divulgar este tipo de deficiência como algo que diminui a inclusão social deste indivíduo, tanto na vida pessoal como na profissional ou na escolar. É extremamente importante que a sociedade aprenda libras como se aprende inglês ou espanhol, pois se trata de uma linguagem (sim, linguagem!) importantíssima.
O professor que estuda libras está contribuindo não só no processo educacional do surdo, mas na sua inclusão social. Ao ver alguém interpretando libras, o interesse pelo assunto é despertado em outras pessoas - todos olham impressionados em como se pode "conversar com as mãos". Foi o que ao aconteceu comigo. Aos 10 anos, ao participar de uma apresentação teatral na igreja que eu frequentava, a diretora do grupo queria incluir na peça uma música interpretada em Libras. Ela convidou o pastor pra que nos ajudasse, pois ele era interprete e possuía algum material a respeito. E assim foi. O grupo aprendeu a música, apresentamos e muita gente gostou do que viu e se interessou em aprender. Mas aí nos deparamos com outro