Uma concepção crítica de currículo
Atividade avaliativa da disciplina: correntes críticas do currículo, Profa. Dra. Jesus Maria Angélica Fernandes, Seminários de acesso ao mestrado em ciências da educação, Inovação Pedagógica. Universidade da Madeira
CYNARA GARCIA LAGO
MAIO DE 2012
UMA CONCEPÇÃO CRÍTICA DE CURRÍCULO
ARTIGO CIENTÍFICO
CYNARA GARCIA LAGO
SEMINÁRIOS DE ACESSO AO MESTRADO EM
CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO, INOVAÇÃO PEDAGÓGICA.
1- Do pensamento tradicional a uma visão crítica do currículo
Na concepção mais tradicional de educação, o currículo era confundido com a reunião de disciplinas ou matérias de uma escola. A partir de 1899, com o surgimento do movimento da Escola Nova, pensadores como Clapéride , Maria Montessori , Declory,
Makarenko , na Europa ; John Dewey , nos Estados Unidos e Anísio Teixeira no Brasil, revolucionam a concepção de currículo como focado apenas no conteúdo . A Escola Nova , enquanto movimento educacional, preconizava uma concepção romântica de educação , sobretudo em sua assertiva de que o ser humano era originalmente bom e que a escola necessitava apenas de criar ambientes que patrocinassem as aprendizagens não diretivas e portanto espontâneas. Este movimento que se prolongou pelos primeiros decênios do século XX, mais precisamente antes da segunda Guerra mundial, influenciou toda uma geração de educadores e teóricos da educação. No entanto os horrores da segunda guerra trouxeram à tona uma realidade humana de agressão, descontrole e autoritarismo que derrocou a ideia de naturalismo humano.
A crescente Guerra fria entre os blocos comunista e capitalista, que surgiu após a grande guerra, trouxe uma preocupação com os níveis de êxito educacional ,principalmente entre os Estados Unidos e União Soviética. O lançamento do SPUTINIK, no final década 40, como projeto espacial russo, provocou uma reviravolta nas concepções de currículo dos teóricos da educação americana. A concepção de currículo