Uma Catedral para Cáceres
A VELHA MATRIZ Havia, na grande praça da cidade, a velha matriz que servia para o culto. Cada manhã, uma missa estava sendo rezada com o povo e, aos domingos, os ofícios mais solenes. Tinha 26 metros de comprimento, 5 de altura e 8 de largura. Mas era pequena para a cidade atual, construída que foi em tempos outros e necessitava de grandes e custosos reparos.
A IGREJA DO GLORIOSO SÃO BENEDITO
Uma outra igreja tinha sido planejado quando da última visita do bispo Dom Carlos Luiz d´Amour, em julho de 1886, visto que a matriz não merecia reparos, mas sim ser derrubada. Na presença do bispo, foi combinado que uma nova matriz seria levantada num terreno pertencendo à Irmandade do Glorioso São Benedito, na praça da Jacobina, onde esta pretendia levantar uma igreja em honra do seu Padroeiro. Após duas longas reuniões, foi assinada uma concordata, “pela qual a Irmandade comprometia-se a entregar o terreno, o material de construção já existente na praça da Jacobina, quatro contos de réis em caixa e rendas da Irmandade no prazo de dois anos” em troca da posse da antiga igreja matriz de São Luiz, na grande praça da cidade, após o término da nova matriz. Os muros da igreja subiram até sete metros, mas infelizmente, os ânimos se arrefeceram e a obra ficou parada. Estava neste estado de abandono quando, em 1918, os Frades pretenderam recomeçar os trabalhos. Construídos em edra canga, os muros teriam resistido muito tempo ao desleixo em que se encontravam, se as formigas não tivessem escavado sob os alicerces, provocando fendas que denunciaram um possível desmoronamento. Era preciso recomeçar.
UM ARQUITETO FRANCÊS Nesta época, um francês Leon Mousnier, velho com os cabelos brancos, visitava os Frades de Cuiabá. Apresentava-se como um oficial de marinha exonerado, arquiteto e explorador. Após a experiência acertada em Cuiabá, com a Igreja de N. S. do Bom Despacho, da qual ele desenhou as plantas com uma bela