Um sonho de liberdade (descrição semântica)
Nessa primeira cena, destaca-se a contradição entre o bancário (Andy) e o golfista (Quenny, amante). Pelas profissões, pode-se depreender que o primeiro exerce uma profissão que exige muita concentração e um grau de intelectualidade altíssimo – como foi comprovado no decorrer do filme; por isso, mais sedentária. Enquanto a profissão de Quenny exige dinâmica com o corpo, proporcionando menos tensão. Daí, percebe-se o antagonismo entre os dois personagens e a preferência da esposa pelo amante, o qual mostra-se mais propenso para a firmação da sexualidade.
Logo depois, vê-se a entrada no presídio, um momento constrangedor em que os presos são expostos aos veteranos. Aqueles são lavados, têm os cabelos raspados e caminham despidos dentro da prisão. Neste momento, presencia-se mais intensamente a bifurcação: prisão e liberdade. Percebe-se que há uma destruição da identidade deles, que passam a caracterizarem-se como seres sem rostos, cidadãos excluídos da sociedade e entregues a violência.
Nesse ínterim, infere-se que são criados outros seres, os quais tentam sobreviver como podem. Red diz “A vida lá fora desaparece num piscar de olhos”. Também, outras dicotomias surgem: inclusão e exclusão, homogeneidade e heterogeneidade. Na primeira, averigua-se que, no momento em que as celas são fechadas, outras roupas pessoais – fardas – são dadas, os detentos caem na realidade. Alguns, não suportando, gritam e choram, provocando um comportamento agressivo por parte dos guardas.
Os detentos pairam entre a exclusão da sociedade e a