Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra: entre as tramas da tradição e a urdidura da modernidade
Jaqueline Teodora Alves Cardoso
Mestranda em Literaturas de Língua Portuguesa pelo Programa de Pós-graduação
Stricto Sensu em Letras da PUC Minas.
RESUMO: Tomando como arcabouço teórico os conceitos de transculturação e de literatura menor, buscar-se-á analisar qual o significado das cartas que compõem a obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto e em que medida a tessitura das cartas revela o cruzamento de culturas, bem como o diálogo entre tradição e modernidade
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Africana, Transculturação, Literatura Menor, Mia
Couto
ABSTRACT: Taking as framework the theorical the concepts of transculturation and literature minor, will analyse what the meaning of the letters that make up the work Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, of Mia Couto and to what extent the texture of the letters shows the intersection of cultures and the dialogue between tradition and modernity.
KEYWORDS: african literature, transculturacion, literature minor, Mia Couto, Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra.
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Parte do trabalho apresentado na disciplina Literatura ibero-afro-americana: margens, mesclagens e encontros culturais, ministrada pela professora Dra. Terezinha Taborda Moreira.
Revista África e Africanidades – Ano 2 - n. 6 - Agosto. 2009 - ISSN 1983-2354 www.africaeafricanidades.com Revista África e Africanidades – Ano 2 - n. 6 - Agosto. 2009 - ISSN 1983-2354 www.africaeafricanidades.com “A morte é como um umbigo: o quanto nela existe é a sua cicatriz, a lembrança de uma anterior existência.” (COUTO, 2003, p.15) É com essa reflexão que
Marianinho, narrador-personagem da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, inicia o relato de seu retorno à Ilha de Luar-do-Chão, a