Um olhar psicopedagógico para questões relacionadas ao não-aprender
Rosangela Pinto BARROS[1]
Alexandre Pereira JUNIOR[2]
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho psicopedagógico será desenvolvido de forma restrita. Pretendemos fazer um recorte dentro da ampla questão da aprendizagem humana; dos aspectos que conduzem ao fracasso escolar e podem ser detectados através de diagnóstico psicopedagógico. A não-aprendizagem na escola é uma das causas do fracasso escolar. Contudo, a questão é, em si, muito mais ampla. Não visamos apenas criticar, mas o âmbito do trabalho não comporta um aprofundamento exaustivo; a proposta é partir de uma visão abrangente para chegar de modo mais objetivo e contextualizado a uma resposta para a queixa escolar. Considera-se como fracasso escolar uma resposta insuficiente do aluno a uma exigência ou demanda da escola. Essa questão pode ser analisada e estudada por diferentes perspectivas: a da sociedade, a da escola e a do aluno. No diagnóstico psicopedagógico do fracasso escolar não se pode desconsiderar as relações significativas existentes entre a produção escolar e as oportunidades reais que determinadas sociedades possibilitam aos representantes de diversas classes sociais. Na prática diagnóstica, é necessário levar em consideração alguns aspectos ligados a três perspectivas de abordagem do fracasso escolar.
QUADRO 1: Relação Escola, Aluno e Fracasso Escolar [pic] Fonte: FERNÁNDEZ, Alicia. 1990.
A interligação desses aspectos ajudará a construir uma visão gestáltica da pluricasualidade desse fenômeno, possibilitando uma abordagem global do sujeito em suas múltiplas facetas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. ASPECTOS ORGÂNICOS, COGNITIVOS, EMOCIONAIS, SOCIAIS E PEDAGÓGICOS
A) Melhorar as condições de ensino para o crescimento constante do processo de ensino/aprendizagem, e assim prevenir dificuldades na produção escolar; B) Fornecer meios, dentro da escola,