Um método perigoso - Resenha
O filme “Um método perigoso”, baseado no livro homônimo de John Kerr, foi dirigido por David Cronenberg. Teve como seus principais personagens: Viggo Mortensen (Sigmund Freud), Michael Fassbender (Carl Jung), Keira Knightley (Sabrina Spielrein), Vicent Cassel (Otto Gross), Sarah Gadon (Emma Jung). A trama se passa por volta do final do século XIX para o início do século XX, e aborda o desenvolvimento da psicanálise de Freud junto ao Dtr. Carl Jung. Esta relação que no princípio se dá em uma base de admiração e amizade, passa a ser frágil e até rompida com o surgimento das diferenças de pensamento em relação ao que verdadeiramente moldava o inconsciente humano –se total ou parcialmente influenciado pelo desenvolvimento psicossexual- o que perdurou por uma série de discussões e experiências trocadas de casos clínicos, como o de Sabrina Spielrein, que de paciente de Jung veio a tornar-se a primeira psicanalista da história. No início, já trabalhando no sanatório de Zurich-Suíça, Jung utiliza-se do método psicanalítico para tratar de sua paciente “histérica” (Sabrina Spielrein). O doutor com o passar das sessões percebe que a origem de todo aquele processo histérico estava ligado a relação conturbada estabelecida com o pai de Sabrina nos primeiros anos de vida, relação esta que resultou em um prazer “desordenado” da mesma pela dor. Atrelado a esta situação está a abordagem de um dos pilares da psicanálise, embasado no desenvolvimento psicossexual da criança e na existência da libido, defende que nesta área de desenvolvimento pode estar a origem de sérios problemas na vida adulta. Durante o tratamento de Sabrina no filme também podem ser interpretado os conceitos de Id, Ego e Superego já definidos na segunda tópica freudiana. A paciente reprime seus verdadeiros instintos sexuais -mecanismo de defesa- o que resulta em um desequilíbrio entre o indivíduo (Ego), sua força moral (Superego) e o princípio do prazer (Id). O processo de rompimento