Um burrinho por um carro
Dia 1 de Janeiro
O Meu Companheiro, o Burrinho Miguel regava os tomateiros da sua horta mas os seus pensamentos estavam longe, na loja do senhor Pompeu. Desde há uma semana que ele passava todos os dias para ver o magnífico carro vermelho que estava na montra, e agora enquanto regava parecia-lhe ouvir as palavras do senhor Pompeu. -Não sei porque continuas a fazer as tarefas da quinta com esse teu burro. Passa o dia a cheirar as flores enquanto tu trabalhas e, além disso, aguenta pouca carga. -Não devo pensar nestas coisas - disse para si Miguel. – O burrinho é meu amigo. Acompanha-me enquanto recolho as colheitas e leva-me ao mercado quando vou vender as verduras e as primícias da horta. Mas…a verdade é que um carro desses modernos que são excelentes e muito rápidos me viria mesmo a calhar. Além disso servir-me-ia para viajar e conhecer o mundo. Enquanto ele pensava no carro o burrinho, mais feliz do que todos, cheirava as flores e falava com as joaninhas e com os passarinhos. Dia 2 de Janeiro
As Dúvidas de Miguel Depois de muitos dias a ouvir o senhor Pompeu, Miguel começou a pensar e a pensar. -Talvez tenha razão. O burrinho é muito pequeno e não pode levar muita carga, ao contrário de um carro… como por exemplo aquele vermelho, que o senhor Pompeu tem na sua loja. Se o comprasse poderia andar vestido com o meu traje de festa. Também poderia levar minhas amigas Clara e Beatriz a passear. Mas, por outro lado… o burrinho vive comigo desde sempre e gosta muito de mim. Dia 3 de Janeiro
Um burrinho por um carro E chego o momento em que o Miguel tomou a sua decisão e trocou o seu burrinho por aquele carro vermelho da loja do senhor Pompeu. Feliz da vida, e vestido com o traje dos dias de festa, foi lanchar à cidade acompanhado das suas amigas Clara e Beatriz. Ao sair da aldeia passaram à frente na cerca da quinta. Iam tão contentes, a cantar e a rir, que nem se apreseberam que o