Livros Ufu
Memórias Sentimentais de João Miramar – (romance experimental) Oswald de Andrade – pg.
Menina a Caminho - Raduan Nassar – pg.
Paraísos artificiais – (contos) Paulo Henriques Britto – pg.
Prosas Seguidas de Odes Mínimas – (poesia) José Paulo Paes –
A morte de Ivan Ilitch. Autor: Leon Tolstoi. Sugestão de editora – L&PM
Lembrando: as questões de vestibulares fogem dos resumos, como estes, portanto, NADA SUBSTITUI A LEITURA INTEGRAL DA OBRA – depois, então, análises e resumos.
1. Anjo Negro – teatro de Nelson Rodrigues Anjo Negro, peça teatral de Nelson Rodrigues, foi escrita em 1946. O autor ao perceber o preconceito de que o negro é alvo na sociedade brasileira e a existência de preconceito no negro em relação a outro da mesma cor, resolveu escrevê-la. Naquela época, o Brasil encontrava-se em um período de grandes modificações na organização do estado brasileiro, saindo de um período de bastante restrição ideológica e entrando num período onde reinava a esperança em um país desenvolvido e livre. Tem-se uma modificação evidente, um período conturbado na esfera social, modificações na maneira de governar.
Um outra razão de Nelson Rodrigues escrever Anjo Negro foi porque achava um absurdo o negro ser representando no teatro apenas como o “moleque gaiato” das comédias de costumes ou por tipos folclorizados. Por isso, criou um personagem – Ismael – de classe média, inteligente, mas também com paixões e ódios, ou seja, “um homem, com dignidade dramática”, enredado em situações proféticas e míticas. O autor, em várias ocasiões, afirma ter escrito o personagem para seu amigo Abdias representar, pois, segundo ele, era o “único negro do Brasil”.
O protagonista de Anjo negro, Ismael, é audacioso, Nelson não faz concessões. Sem paternalismo, concebe um personagem na contramão dos personagens negros que geralmente se conhece: não é moleque, malandro ou empregado subalterno, trata-se aqui de um homem cheio