ELSTER, Jon. Ulisses Liberto; Capítulo 1 Nesta passagem, Jon Elster discute os motivos para indivíduos limitarem suas opções de escolha bem como os mecanismos utilizados para realização dessas restrições. Como já discutido no seu livro “Peças e engrenagens das ciências sociais”, as ações tomadas pelos indivíduos nem sempre são eficientes no alcance do objetivo visado. Assim sendo, eliminar certas opções constituem uma ferramenta facilitadora no processo de alcance do fim desejado. Essa tarefa realizada pela restrição acontece através da autoproteção contra paixões, mudanças de preferencias e inconsistências temporais. Nesse sentido, existem 3 possibilidades de alterar a gama de opções a fim de otimizar o alcance do resultado esperado por uma ação: eliminar certas opções, tornar algumas opções mais “custosas” e através do não conhecimento de certas opções. Nesse contexto se desenvolve a “Teoria da Restrição”, no qual, em alguns casos específicos, nos indica que dispor de menos opções apresenta-se como uma vantagem. Nesse trecho, Elster se ocupa de duas maneiras de restrições que levam ao beneficio de seus praticantes: restrições acidentais (não intencionadas) e os pré-compromissos (estabelecidos previamente pelo individuo). De maneira geral não há como explicar restrições acidentais por seus benefícios, por que esses não foram intencionados. Já os pré-compromissos podem. Um dos motivos para auto-restrição são as paixões (aqui entendidas por emoções e vícios). Quando sob o efeito das paixões, muitas pessoas se desviam de objetivos anteriormente estabelecidos. Isso acontece por basicamente 4 motivos: distorção de cognição ( induzindo falsas crenças sobre conseqüências comportamentais), extinguindo a cognição (explosão de sentimentos que “deleta” momentaneamente as conseqüências da mente do individuo), fraqueza de vontade (concessão aos desejos momentâneos, mesmo sabendo que não é o melhor a fazer), indução de miopia (influencia momentânea da paixão alterando