Trabalho Hist Ria 10
Roma passou como todos os povos conhecidos, à sociedade de classes, baseada na escravidão. Grandes proprietários, os patrícios, monopolizavam o poder, às expensas dos pequenos proprietários, os plebeus, que, apesar de livres, estavam excluídos dos postos dirigentes. As reivindicações incessantes dos plebeus lhes deram, no ano 287 a.C., a igualdade política. Patrícios e plebeus, fundidos numa nova nobreza, assumiram desde essa época a direção política da sociedade.
Nos primeiros tempos da república – época da “velha educação” - Cincinato, da mesma forma que Ulisses na Grécia, arava os seus campos com o seu próprio esforço. A divisão do trabalho, que ainda não se mostrava muito acentuada, apenas exigia um pequeno número de escravos. O proprietário rural compartilhava com os seus servidores a canseira dos trabalhos agrícolas.
A agricultura, a guerra e a política contituíam o programa que um romano nobre devia realizar. Para apendê-lo, a única maneira era a prática.Junto ao pai, o jovem romano aprendia os segredos da agricultura. A guerra, ele travava conhecimento com ela, primeiro nos campos de exercício, depois na coorte do general.
Aos vinte anos, o jovem nobre, que já sabia arar a terra e que já havia assistido a algumas batalhas no exército e no Senado, estava pronto para a vida pública. Quanto à instrução propriamente dita, ele recebera rudimentos de algum escravo letrado, a quem o seu pai delegara essas responsabilidades.
A grande propriedade, crescendo às expensas da pequena, não só aumentava o número dos que nada tinham, como também exigia, cada vez com mais urgência, uma multidão de trabalhadores escravos.
Nas grandes casas romanas, havia um escravo especial chamado nomenclator, cuja única missão era carregar a lista dos escravos do senhor; e é sabido que, na opinião de Horácio, ter apenas dez escravos já era um sinal de miséria.
As “gloriosas” legiões romanas eram