Ulceras
As úlceras de pressão são, infelizmente, uma realidade muito comum nos doentes internados nos hospitais e para além disso todos os dias surgem novos materiais de pensos, o que faz com os enfermeiros sintam a necessidade de formação nesta área. Com este trabalho pretende-se atingir os seguintes objectivos: • Compreender o processo de formação das úlceras e o processo de cicatrização; • Abordar brevemente a forma de prevenir a formação das úlceras; • Melhorar a execução prática dos pensos de feridas e • Saber quais os materiais que se devem utilizar nos diferentes tipos de feridas, tendo em conta o material disponível no serviço.
Nos últimos 20 anos, assistiu-se a um crescimento considerável dos conhecimentos sobre a etiologia das úlceras e o seu tratamento, o que promove a disseminação de melhores práticas pelos prestadores de cuidados. Esta evolução deve-se a um estudo intensivo da sua epidemiologia, incidência, prevalência, distribuição e sobre os factores que controlam a sua presença ou ausência. Portugal, participou num estudo em 2001, o European Pressure Ulcer Panel, sobre a prevalência de úlceras de pressão nos hospitais. Neste estudo, Portugal tinha cerca de 12,5% dos doentes hospitalizados com esta patologia (98 em 784 doentes). Este mesmo estudo revelou ainda, que apenas 1% dos doentes receberam os cuidados preventivos completos e que 86,2% destes não receberam qualquer medida preventiva durante o período de estudo. Toda esta panóplia de novos materiais de pensos consegue-se planear os cuidados às feridas tendo em conta não só as características das feridas mas também a componente económica. O enfermeiro tem um papel importante na prevenção e tratamento destas feridas. A ele compete a implementação de determinadas medidas que visem a prevenção ou o tratamento, a avaliação destas medidas, registos, educação do doente e coordenação com outros elementos da