Tórax instável
O tórax flácido também denominado tórax flutuante, tórax instável ou afundamento torácico surge em conseqüência de fratura de 2 ou mais costelas adjacentes em dois pontos distintos devido a trauma torácico ou ainda fratura das junções cartilaginosas ou fratura de esterno, onde o segmento instável perde a continuidade com o restante da caixa torácica, assumindo o movimento paradoxal durante a respiração espontânea causando disfunção ventilatória e de troca gasosa (DAVIGNON et al,2004; KNOBEL,1998 ; MIDDLETON et al,2003;VELMAHOS et al,2002; WEINGARTHER et al,1997).
O movimento paradoxal é mais comum quando há cinco ou mais costelas fraturadas e pode não ser aparente na avaliação inicial devido a contratura inicial antálgica que mantém uma certa estabilização (TARANTINO,1997). O quadro torna-se potencialmente grave quando há mais de seis costelas fraturadas em dois locais no mesmo segmento do tórax e uma contusão pulmonar adjacente (KNOBEL, 1998).
Os afundamentos torácicos classificam-se em anteriores, ântero-laterais, laterais, póstero-laterais ou posteriores dependendo da região onde foi aplicada a força traumática (GALLUCCI, 1982; MARSICO & AZEVEDO, 2000). Os anteriores resultam de força aplicada no sentido antero-posterior como é comum em acidentes automobilísticos onde o motorista se choca contra o volante. Neste caso, ocorrem fraturas condro-costais, freqüentemente acompanhadas de fratura de esterno e contusão cardíaca. Os afundamentos laterais são os mais freqüentes e atingem a região de grande mobilidade costal, sendo portanto, mais dolorosas. Costumam se