Título: capitalismo monopolista e serviço social.
1.1. Estado e questão social no capitalismo dos monopólios
“As profundas modificações sofridas então pelo capitalismo – que enquanto tendências, foram objeto da prospecção teórica marxiana – não infirmaram em nenhuma medida substantiva as análises elementares de Marx sobre seu caráter essencial e o da ordem burguesa: o capitalismo monopolista recoloca, em patamar mais alto, o sistema totalizante de contradições que confere à ordem burguesa os seus traços basilares de exploração, alienação e transitoriedade histórica, todos eles velados pela crítica marxiana”. (pág. 19). “[...] O que importa observar e destacar com a máxima ênfase é que a constituição da organização monopólica obedeceu a urgência de viabilizar um objeto primário: o acréscimo dos lucros capitalistas através do controle de mercados[...]” “[...] Na prossecução da sua finalidade central, a organização monopólica introduz na dinâmica da economia capitalista um leque de fenômenos que deve ser sumariado: a) os preços das mercadorias (e serviços) produzidas pelos monopólios tendem a crescer progressivamente; b) as taxas de lucro tendem a se mais altas nos setores monopolizados; c) a taxa de acumulação se eleva, acentuando a tendência descendente da taxa média de lucro (Mandel, 1969, 3: 99-103) e a tendência ao subconsumo; d) o investimento se concentra nos setores de maior concorrência, uma vez que a inversão nos monopolizados torna-se progressivamente mais difícil (logo, a taxa de lucro que determina a opção do investimento se reduz); e) cresce a tendência a economizar trabalho “vivo”, com a introdução de novas tecnologias; f) os custos de venda sobem, com um sistema de distribuição e apoio hipertrofiado – o que, por outra parte, diminui os lucros adicionais dos monopólios e aumenta o contingente de consumidores improdutivos (contrarrestando, pois, a tendência ao subconsumo)”. (pág.20 a 21). “[...] Ademais, a economia de trabalho “vivo”, que estimula a