Tétano
Os esporos do bacilo do tétano são ubíquos no meio ambiente e a doença é contraída quando um esporo se introduz numa abertura da epiderme causada por um ferimento. A probabilidade de doença grave está também associada à severidade do ferimento. Pensa-se que a doença não é transmissível diretamente entre hospedeiros. Nos anos seguintes à entrada em vigor do PNV (Plano Nacional de Vacinação), em 1965, verificou-se uma notável redução da mobilidade e da mortalidade pelas doenças infecciosas alvo de vacinação, com os consequentes ganhos de saúde. Os resultados obtidos através do PNV estão consolidados, conforme comprova a “Avaliação do Programa Nacional de Vacinação - 2º Inquérito Serológico Nacional - Portugal Continental 2001-2002”. Ficou então demonstrado o elevado grau de imunização da população portuguesa, como se verifica pelo exemplo da imunização contra o tétano.
Somente taxas de cobertura vacinal muito elevadas, de cerca de 95%, permitem obter imunidade de grupo. No caso do tétano, em que a proteção é individual, apenas uma cobertura vacinal de 100% evitaria o aparecimento de casos. Uma forma particularmente séria de tétano é o tétano neonatal, um problema de saúde pública nos países em vias de desenvolvimento, onde a vacinação não cobre toda a população e as condições de maternidade são precárias. A infecção dá-se por infiltração do esporo do tétano no recém-nascido de uma mãe não imunizada. Acontece quando o cordão umbilical é cortado com um instrumento não esterilizado ou quando este é untado hortes por ano causado por tétano neonatal. No trabalho realizado por substâncias