Tétano
1.1 Aspectos Clínicos e Epidemiológicos
Doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clinica inicial, dificuldade de sucção, devido contradura dos músculos da mandíbula, seguida de rigidez de nuca, tronco e abdômen, irritabilidade, choro constante. Evolui com hipertonia generalizada, hiperextensão dos membros inferiores, hiperflexão dos membros superiores, com as mãos fechadas, flexão dos punhos (com atitude de boxeador), rigidez da musculatura dorsal e intercostal causando dificuldade respiratória. Os espamos podem ser desencadeados ao menor estímulo (táctil, luminoso, sonoro e temperaturas elevadas). Conhecida popularmente como Tétano Umbilical e Mal de sete Dias, os casos de tétano neonatal, estão associados à falta de acesso a serviços de saúde de qualidade.
1.2 Agente Etiológico
Clostridium tetani, bacilo gram-positivo, anaeróbico e esporulado produtor de várias toxinas, sendo a tetanospamina a responsável pelo quadro de contratura muscular.
1.3 Reservatório
O bacilo é encontrado no trato intestinal dos animais, especialmente do homem e do cavalo. Os esporos são encontrados no solo contaminados por fezes, no solo, na poeira, em espinhos de arbustos, pequenos galhos de árvores e pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados.
1.4 Modos de transmissão
Por contaminação, pela manipulação do cordão umbilical, ou dos cuidados inadequados do coto umbilical, quando se utilizam de substâncias, artefatos e instrumentos contaminados com esporos.
1.5 Período de Incubação
Aproximadamente 7 dias, podendo variar entre 2 a 28 dias. 1.6 Complicações
Disfunção respiratória, infecções secundárias, disautonomia, taquicardia, crise de hipertensão arterial, parada cardíaca, miocardite tóxica, embolia pulmonar, hemorragias, fraturas de vértebras, dentre outras.
1.7 Diagnóstico
Não depende de confirmação laboratorial.
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