Tácito e explícito na gestão do conhecimento
28 de dezembro de 2003, 00:00
Pense um pouco naquilo que você faz melhor e nem sabe mesmo explicar como faz. Junte com o que aprendeu na escola, nos livros e na prática. Use a mistura a favor do conhecimento.
Por Alexandre Bobeda
Já parou para pensar como fazemos bem determinada tarefa ou por que alguém é tão bom em algo que o diferencie dos demais?
Não estou falando de gênios, superdotados ou milagres, mas nos últimos anos questões como essa têm sido levantadas em torno desse hype que se tornou justamente a Gestão do Conhecimento. E até por conta das demandas nossas de cada dia, ter consciência do que sabemos, do que precisamos saber e de nossas capacidades pessoais e profissionais é uma questão de sobrevivência na era moderna. Sem trocadilhos, precisamos conhecer o conhecimento.
Assim, de forma ampla e não só em GC, o conceito de conhecimento é o de uma combinação de experiência, valores, informações e insights de uma pessoa que leva à incorporação e avaliação de novas experiências e outras informações (1). No entanto, sem academicismo pedante e gratuito, que não é o meu forte, de forma mais simples, o conhecimento pode ser de duas formas, segundo os professores japoneses Nonaka & Takeuchi (2):
Tácito, do latim tacitus, quando o conhecimento não pode ser exteriorizado por palavras;
Explícito, do latim explicitus, quando o conhecimento está declarado, mostrado, explicado.
Assim, o conhecimento tácito nos leva a entender o chamado know–how, ou como pessoas especiais fazem coisas diferentes (e especiais!), como um craque de futebol se destaca em uma partida, como um artista de sucesso se mantém no topo naquilo que faz, como um alto executivo consegue levar uma empresa a resultados fabulosos, dentre outros exemplos possíveis. Ou seja, como você faz alguma coisa que só você faz, ou o faz acima da média, sem nem mesmo saber muito bem como fez, praticamente sem explicação.
Da mesma forma, pelo conhecimento