Layuot
O homem não tem ouvidos para aquilo que a experiência não lhe deu acesso.
Friedrich Nietzsche
A gestão do conhecimento vem se tornando uma grande prioridade das organizações pela urgência e necessidade de diferenciação por meio do conhecimento de forma a tornar-se clara fonte de duradoura competitividade sustentada entre outros aspectos pelas tecnologias de informação e conhecimento. Contudo, antes de falar de tecnologias específicas é preciso destacar processos eminentemente humanos pelos quais o conhecimento nasce, se multiplica e se propaga.
Nonaka e Takeuchi (1995) desenvolveram um modelo dinâmico de criação do conhecimento ancorado no pressuposto crítico de que o conhecimento humano é criado e expandido por meio da interação social entre o tácito e o explicito. Eles chamaram essa interação de "conversão do conhecimento" com acentuado destaque para o fato de este ser um processo social que envolve os indivíduos. Os autores indicam que "na visão racionalista, a cognição humana é um processo dedutivo de indivíduos, mas um indivíduo nunca é isolado da interação social quando percebe as coisas". Portanto, por meio do processo de "conversão social, o conhecimento tácito e o conhecimento explicito se expandem tanto em termos de qualidade quanto de quantidade" (NONAKA; TAKEUCHI, 1995, p. 67).
1. Os modos de conversão do conhecimento
Para continuar com Nonaka e Takeuchi (1995), destaca-se que esses autores desenvolveram um modelo que relaciona o processo de inovação aos conhecimentos tácitos e explícitos presentes numa organização. Para eles o modelo ocidental reconhece primordialmente o conhecimento explícito, aquele que pode ser facilmente sistematizável e comunicável. O modelo oriental por outro lado entende que o conhecimento é o resultado do processamento de informações e aproveitamento de visões subjetivas e intuições de todos os integrantes da organização. Isso implica que o conhecimento tácito, aquele que