A definição mais conhecida de lazer é do sociólogo francês Dumazedier. Este autor define lazer da seguinte maneira: “o lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”. A vida moderna, hoje, impõe ao ser humano uma rotina de ritmo acelerado de trabalho, com muitas atribuições no dia a dia. Com o grau de importância que o trabalho desempenha na sociedade atual, o momento de não-trabalho também ganhou atenção. Um complementa o outro, e dessa forma, as atividades realizadas nesses momentos, têm despertado grande interesse até mesmo pela necessidade evidente de sempre voltarmos em condições plenas para o trabalho. Podemos assim entender o lazer como os momentos em que o ser humano está livre de suas obrigações e têm a possibilidade de realizar atividades que lhe dão prazer. Porém esse conceito que entendemos hoje como lazer e que está relacionado aos momentos destinados a nenhuma obrigação (profissional, social ou familiar) passou por várias transformações. Portanto, a maior dificuldade em se delimitar e compreender a noção de lazer vem do fato de que ela está ligada a outras noções, como por exemplo: tempo livre, ócio, recreação, o lúdico e o prazer. No decorrer da história, a noção de lazer, ócio e tempo livre foram sendo modificados acompanhando as mudanças de valores e comportamentos, relacionando-se sempre com os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais vigentes em cada época. Percebemos que esses momentos de lazer foram vistos de diferentes formas ao longo da história da humanidade, alterando-se, assim, a cada época, quais atividades seriam compreendidas como lazer. Assim, do ponto de vista histórico, podemos dizer que