Tudo
Marx começa por analisar a mercadoria como uma coisa que, pelas suas propriedades, satisfaz as necessidades humanas.Assim cada mercadoria tem um certa utilidade o que faz dela um valor-de-uso .Este valor-de-uso só é realizado com a utilização ou consumo.Os valores-de-uso são, ao mesmo tempo, os veículos materiais do valor-de-troca.
Valor-de-troca é a capacidade da mercadoria ser trocada, em determinadas proporções, por outras mercadorias.O valor de troca expressa-se no facto de todas as mercadorias serem produto da força de trabalho. Esta é a propriedade comum a todas as mercadorias.Na base da igualdade de duas mercadorias, que se trocam, está o trabalho social gasto na sua produção.
Valor-de uso da mercadoria caracteriza o seu aspecto material e é produto do trabalho concreto.
Valor-de-troca da mercadoria caracteriza o seu aspecto social e é produto do trabalho abstracto.
O valor das mercadorias é o trabalho social dos produtores mercantis materializado na mercadoria.Um valor-de-uso só possui valor porque está corporificado, materializado trabalho humano abstracto.A grandeza deste valor mede-se por meio da quantidade de “substância criadora de valor” nele contida, o trabalho, a quantidade de trabalho mede-se pelo tempo da sua duração,o tempo de trabalho, por fracções de tempo, como hora, dia, semana, mês etc.
Assim conclui-se que uma mercadoria possui primeiramente um valor de uso, uma utilidade. Possui seguidamente um valor de troca. Os dois valores estão ligados, dado que um objeto não se vende a não ser que seja útil a alguém. E, todavia, não é possível ligar o valor de troca à utilidade, porque não é verdadeiro que uma mercadoria tenha tanto mais valor quanto mais útil é., Marx sublinha que só os objetos produzidos regularmente com vista à venda no mercado possuem um valor de troca. Uma obra de arte não possui verdadeiramente valor de troca, pelo que o seu preço deverá ser explicado por considerações