tudo por um
Uma das principais características da sociedade atual é o fato desta ser marcada por profundas transformações: a rapidez de informações e o avanço de novas tecnologias modificaram o modo de pensar e de viver das pessoas.
Atualmente, as regras e valores já não possuem mais a mesma rigidez de cinqüenta anos atrás. Vivemos em um tempo de quebra de modelos e paradigmas.
Se na época de Freud, a repressão sexual propiciava o aparecimento das neuroses obsessivas e patologias histéricas, com certeza hoje o panorama é outro.
A exaltação da liberdade, desejo e satisfação pessoal que conhecemos hoje sejam para escolher o relacionamento amoroso ou opção profissional nem sempre existiu desse modo. Parte disso se deve ao fato de que historicamente o ser humano tem se desenvolvido cada vez mais rumo à individualidade.
Para Foucault (1987), até o período feudal, a individualidade dependia da posição social, desse modo, individualidade era um privilégio do rei que era considerado indivíduo por excelência, ao passo que os servos, por não serem donos de si mesmo, não eram vistos como indivíduos.
Neste sentido, a individualidade passou a ser uma marca da realidade da sociedade atual, e representa uma conquista da humanidade. Conquista esta, que defende o direito da singularidade de cada um.
As pessoas têm encontrado diferentes formas de constituírem suas famílias, estabelecerem seus acordos de relacionamentos e até mesmo de trabalho.
Este panorama atual favorece um sentimento de insegurança, vazio e ansiedade que em parte pode explicar o aumento das chamadas “doenças da contemporaneidade,” como síndrome do pânico e os diferentes tipos de ansiedades e depressões.
Apesar, da individualidade, representar um ganho à sociedade, ela não deixa de causar sofrimento, afinal isto implica em ter consciência de si, gera preocupação, culpa, dúvidas e incertezas, e agüentar tudo isso exige certa maturidade.
Cabe dizer que a individualidade da qual me refiro