TUDO VIRANDO URBANO
Outro acontecimento importante provocou a necessidade de olhar o Brasil na forma mais atenta: a urbanização. O Brasil tem sido apontado por especialistas nacionais e estrangeiros como um país que passou por um dos maiores movimentos de urbanização registrados na época contemporânea. A população predominantemente rural transformou-se em majoritariamente urbana em um espaço de tempo mais curto, apenas 25 anos.
A partir da segunda metade do século XIX, quando ocorreu o primeiro surto de industrialização no país, que elas começaram a ter um número expressivo de habitantes. As cidades cresceram, sobretudo, graças aos imigrantes italianos, japoneses e alemães, que se dirigiram primeiro para o Sul do país e em seguida para os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo – estados estes que também iriam se tornar atraentes para as migrações internas. Estima-se que na última década do século XIX cerca de 1,2 milhão de imigrantes, entraram no Brasil.
Se as migrações internacionais provocaram o crescimento urbano na primeira metade do século XX, entre 1960 e 1980 seriam as migrações internas que definiriam os contornos das cidades. Em duas décadas, saíram do campo para a cidade cerca de 43 milhões de pessoas. Até os anos 1960, as principais cidades brasileiras, além do Rio de Janeiro, capital da República, eram todas as capitais de estado: Belém, Manaus, Fortaleza, Recife, Salvador, Cuiabá, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. A partir década de 1970, porém, passou a ocorrer desconcentração da população nos grandes aglomerados urbanos, em consequência da redução das migrações e da queda de taxa de fecundidade – estimativa do número médio de filhos por mulher em idade de procriar.
Hoje o Brasil é um país majoritariamente urbano. No início do século XXI, mais de 80% da população brasileira reside em áreas urbanas.
Há vários formatos possíveis de famílias que hoje não nos causam estranhamento, mas podem ter causado em outros tempos. Em muitos casos as