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A crueldade da disputa é explícita, ha o desespero da Alma quase a sucumbir.
Das peças que abordam este tema esta é a mais profunda abrangente e interessante. Alma- Porque te abates ó minha alma, e porque te perturbas dentro de mim ?
Deverei naufragar diante do turbilhão que me ataca, ou resistir as forças do mundo que em meu peito combatem ?
Ah, como tenho buscado em vão essa resposta, enquanto vejo a solidão a abrir-me seus sombrios braços, qual tentáculos de uma besta marinha, que arrebatam a indefesa vitima.
Sim, nesse mar de desilusões, sou joguete das ondas peraltas, que brincam com minha pobre alma, ora lançando-me sobre as rochas, ora sufocando-me na tempestade.
(pequena pausa, toca uma musica triste, entra um personagem representando a solidão trazendo nas mãos um pano preto, cobre a alma com o pano, retira, passa-lhe no rosto e sai)
Alma- Porque estou aqui e não lá (aponta para a frente), quem me pôs aqui e porque sou quem sou? Sou fruto do acaso, esse ancião excêntrico, ou existo por ordem superior? Porque sinto-me tão vazia se estou completa, e se não, o que me falta ?
(Entra o evangelista)
Evangelista- Te falta nascer de novo !
Alma- Quem és tu, e o que é isto que falas ?
Evangelista- Eu sou a voz que clama nos desertos: “ Eis que vos trago boas novas que serão para todos os povos, hoje é o dia aprazível, o dia em que o Senhor vos receberá em seus átrios eternos”. E quanto ao que eu disse, que te falta nascer de novo...( a alma o interrompe)
Alma- E como eu poderia nascer de novo, retornaria eu para o ventre da minha mãe sendo já adulta?!
Evangelista- Nascer de novo sim, mas não da carne e sim do Espirito.
Alma- Como isso é possível ?
Evangelista- Algum tempo atrás, na aldeia de Belém, inocente e indefeso, deitado numa manjedoura, estava o menino Jesus, Aquele cuja alma estava destinada a ser o resgate... (Entra a religião e um