Tudo mudo, da fica!
O que conduz este documentário é o casamento de dois jovens, um moço filho de agricultores e uma moça da cidade que aceita ir morar com seu futuro marido na casa dos pais, em uma comunidade no interior de Formosa do Sul, com a intenção de mostrar que há pessoas dispostas a fazer o caminho inverso felizmente, mesmo nunca tendo vivido no campo. O casamento é realizado com um zelo todo especial, uso de objeto artesanais, comunidade toda unida.
O documentário mostra um grande déficit das moças do interior que vão para a cidade em busca de mais liberdade ou para fugir do trabalho pesado do campo. As moças vão para a cidade enquanto os rapazes ficam morando com os pais. O resultado disso é o celibato no campo, pois os rapazes têm dificuldade em encontrar moças para namorar e casar. Assim a população que sobra no campo é basicamente de homens e idosos.
No documentário os Jovens se sentem oprimidos diante da sociedade sentindo-se defasados dos que vivem na zona urbana, vários jovens relatam sobre o preconceito que enfrentam por serem agricultores, muitas vezes omitem sua verdadeira origem por terem receio de serem taxados de colonos, de serem pessoas atrasadas, sem cultura, e sem informações, perante esta sociedade preconceituosa, pena que são poucos os que têm orgulho em dizer que são agricultores.
Os grupos de jovens que ainda estão no campo formam uma cumplicidade, uma amizade, e acima de tudo um grande respeito, que nos dias atuais se deixa muito a desejar.
Os mais idosos relatam a dificuldade em manter os jovens no campo para darem continuidade ao trabalho que vem de geração em geração. Muito Jovens vão morar na cidade em busca de emprego para se tornarem independentes, terem seu próprio dinheiro e estudarem. O que é entristecedor é que às vezes as propriedades são completamente