Tuberculose Ossea
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TUBERCULOSE
OSTEOARTICULAR
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I. INTRODUÇÃO:
O primeiro relato médico de lesão compatível com tuberculose osteoarticular data do período entre 1500 e 700 a.C. No entanto, os achados de alterações na coluna vertebral de múmias egípcias de 3400 a.C., sugestivas de seqüelas de tuberculose, sugerem que a doença seja muito mais antiga.
Há bem poucos anos a tuberculose era certamente a enfermidade que mais afetava o esqueleto humano, porém atualmente sua freqüência tem diminuído significativamente, devido a fatores como:
a. Descoberta
de
medicamentos
antituberculosos
eficazes
b. Aplicação de medidas de saúde pública como pasteurização do leite, notificação e isolamento de pacientes com tuberculose ativa;
c. Melhoria das condições de vida da população;
d. Exames periódicos e vacinação obrigatória.
II. CONCEITO
A tuberculose osteoarticular é uma infecção bacteriana crônica causada pelo
Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) e mais raramente pelo Mycobacterium bovis
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Prof. Hanciau
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caracterizada pela formação de granulomas nos tecidos infectados, sendo uma enfermidade localizada e destrutiva.
III. CONTÁGIO
A transmissão se faz através das gotículas de saliva da tosse dos enfermos, podendo ser o bacilo aspirado diretamente, através de um objeto de uso pessoal ou ainda da poeira dos móveis e assoalho (fig. 1).
Uma vez atingido o parênquima pulmonar, o bacilo produz um processo inflamatório chamado
Figura 1. A transmissão
complexo primário que habitualmente é dominado pelas defesas do organismo sendo então envolvido por tecido fibroso e em alguns casos calcificado. Se em algum momento as defesas diminuem, diminui também a imunidade que o primeiro contato havia