MAGNETIZAÇÃO DE MATERIAIS
Sem maiores considerações quanto ao aspecto atômico, pode-se supor, de forma simplificada, que as substâncias contêm dipolos magnéticos elementares e que o comportamento magnético delas varia de acordo com a composição e outros fatores. Os próximos itens descrevem as formas comuns de magnetismo nos materiais.
Paramagnetismo
Nos materiais paramagnéticos, os dipolos elementares são permanentes e, na presença de um campo magnético, tendem a se alinhar com ele, mas o alinhamento perfeito é impedido pelo movimento térmico.
Fig 01
Até certo ponto, a magnetização M do material varia linearmente com o campo magnético aplicado B e com a temperatura T segundo a lei de Curie:
M = C B / T. Onde C é uma constante.
Na Figura 01, a linha reta representa a lei de Curie e a linha curva, a variação real. Há, portanto, um valor de saturação.
Desde que os dipolos magnéticos tendem a se alinhar, a suscetibilidade magnética é positiva, mas de valor bastante baixo. Em geral,
1 10−5 < Xm < 1 10−3.
Sob ação de um campo magnético forte, um material paramagnético torna-se um ímã, mas a magnetização desaparece com a remoção do campo. Exemplos de materiais paramagnéticos são íons de Mn++ e de Gd++.
Diamagnetismo
Nos materiais diamagnéticos, os dipolos elementares não são permanentes. Se um campo magnético é aplicado, os elétrons formam dipolos de acordo com a lei de Lenz, isto é, eles se opõem ao campo atuante. Assim, o material sofre uma repulsão. Mas é um efeito muito fraco.
Por sofrerem repulsão, a suscetibilidade magnética desses materiais é negativa e apresenta valores bastante baixos:
−1 10−5 < Xm < −1 10−4. O bismuto é um exemplo de material diamagnético.
Na realidade, todas as substâncias apresentam algum diamagnetismo, mas o fenômeno é tão fraco que é mascarado pela ação dos dipolos permanentes naqueles que os têm (paramagnéticos e ferromagnéticos)
Ferromagnetismo
Nos materiais ferromagnéticos, os dipolos elementares são permanentes