Tráfico Humano

FILOSOFIA
LAURA PAPI NOGUEIRA
TRÁFICO HUMANO, MERCANTILIZAÇÃO DA VIDA
O tráfico de pessoas é a violação da dignidade da liberdade dos seres humanos, e é considerado como uma forma moderna de escravidão e de mercantilização da vida. É um problema de dimensões alarmantes, que se estende numa velocidade muito rápida por todo mundo.
Em pleno século XX é irreal pensar que existam mais pessoas escravizadas no mundo do que já se registrou em 400 anos de escravidão legalmente permitida. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a estimativa é que cerca de 2,5 milhões de pessoas traficadas todos os anos, e aproximadamente 30% delas são crianças. Os estudos da ONU também estimaram que anualmente a “indústria mundial do tráfego de pessoas fatura 32 bilhões de dólares.
Embora sejam números difíceis de se estimar, em razão da característica de invisibilidade desse fenômeno, uma certeza existe: todos os dias “milhares de seres humanos são comprados e vendidos como mercadorias para fins de exploração sexual, de trabalho escravo contemporâneo ou situação análoga à escravidão, de servidão por dívida, doméstica, serviços forçados, casamento servil, adoção ilegal e extração de órgãos, entre outras”.
“O tráfico de pessoas é considerado uma grave violação dos direitos humanos, na medida em que fere o indivíduo nos seus direitos vitais: dignidade, liberdade de ir e vir, integridade física e psicológica, liberdade sexual e de trabalho”.
Esse problema afeta o Brasil de forma intensa, especialmente devido às suas extremas desigualdades. Somos um país de origem, trânsito e destino de vítimas do tráfego de pessoas. Principalmente de origem, pois é apontado como um dos maiores “exportadores” de mulheres, adolescentes e meninas para o mercado do sexo em países ricos. Sem esquecer, também, que é grande o tráfego interno, sobretudo para a exploração sexual de crianças e adolescentes.
A situação do trabalho escravo no Brasil, se deve ao fato de diversos fatores que contribuem para