Trufa
Trufa (em francês truffe e em italiano tartufo) é um fungo subterrâneo, da família das entuberáceas, que produz corpos esporíferos tuberosos, comestíveis pelo sabor e pelo aroma agradáveis. Há várias espécies, todas européias e do gênero Tuber. Geralmente, se usam animais para caçarem as trufas (cachorros, porcos), pois é um alimento selvagem.
História
Contar a história do tubérculo é como contar a história da civilização. Já em 3500 a.C., acha-se nas escrituras a palavra "tabarli" ou cogumelo subterrâneo. Em 1700 a.C., usa-se "tigla", cogumelo em armênio, termo ligado à "teckel", o cachorro farejador. A Roma antiga era ávida por trufas - em especial, as pretas do Egito. As brancas não eram tão apreciadas. Em meados do século XVI, tem início o uso do porco, animal de olfato privilegiado, para procurá-las. Esfregavam-se as tetas da mãe com suco de trufa, acostumando assim os porquinhos a seu gosto e sabor.
A Lenda e a História
Já no terceiro milênio antes de Cristo, numas tabulas gravadas em cuneiforme e encontradas em Mari na Mesopotâmia, as trufas são mencionadas como um prato digno de reis. Mais tarde, os gregos e os romanos elogiaram esses frutos subterrâneos e atribuíram-lhes muitas virtudes entre elas a de favorecer as "atividades amorosas". No ano 1000 o grande médico árabe Aviceno prescrevia-as a seus pacientes para curar inúmeros males. Já na Idade Média, as trufas são pouco mencionadas. Pode ser que sua cor preta, sua pele rugosa e sua produção hypogena (subterrânea) tenha-lhe conferido uma imagem satânica. Foi François 1° de França que tendo experimentado as trufas na Espanha durante seu cativeiro as qualificou de "prato real" e as voltou a popularizar na França. O gênesis das trufas deu lugar às hipóteses mais extravagantes. Uma que perdurou por muito tempo é que as trufas eram geradas pelo impacto dos raios sobre um solo úmido e rico em matéria orgânica. Hoje, sabemos que as trufas são as frutificações de um tipo especial de fungos