Trivinos
Situa necessidade de disciplina intelectual em relação à escolha de um pólo teórico- metodológico, entendendo como indisciplina a falta de rigor científico, o ecletismo, e a falta de coerência entre discurso e prática. Ressalta a importância da visão de homem e de mundo, “decisão e ontológica e gnosiológica do investigador” (p. 13), ou seja, as bases filosóficas, compreensão fundamental para definição epistemológica.
De modo geral a formação em nível de graduação não situa satisfatoriamente o acadêmico nesta discussão, de como evoluiu o pensamento na busca do conhecimento.
O grande embate filosófico está na questão do que veio primeiro, se foi a idéia, a consciência, ou se foi a matéria, a ação, trata-se do questionamento sobre a prioridade. Deste embate se originaram duas grandes vertentes filosóficas: idealismo filosófico e materialismo filosófico. E destas se originaram dois outros questionamentos, os quais são: o mundo é cognoscível ou não? E o outro: qual o critério da verdade?
Para o idealismo filosófico o espírito, a consciência tem primazia sobre o material. Ele se divide em: idealismo subjetivo e idealismo objetivo. No idealismo subjetivo “a única realidade é a consciência do sujeito” (p. 19), ele é representado pelos filósofos Berkeley (1685-1753), Hume (1711-1776) e Fichte
(1762-1814).
No idealismo objetivo a base primária é a consciência objetiva, consciência suprema, Hegel (1770-1831) é o grande nome que o representa. Na Filosofia Moderna ele se expressa no personalismo e no neotomismo. Ele se encontra também na base das religiões. O idealismo subjetivo não admite a idéia de o mundo ser cognoscível, já no idealismo objetivo existem correntes que admitem.
Quanto ao materialismo filosófico, este explica o mundo, o homem, a vida, a partir das descobertas e das verdades científicas. “A essência do mundo é a matéria, e a matéria é anterior a consciência” (p. 23). As suas raízes estão nos povos antigos do