Trindade nas escrituras
Gerhard Pfandl, Ph.D.
Diretor associado do Biblical Research Institute da Associação Geral da IASD, Silver Spring, Maryland, EUA
Resumo: O presente artigo provê uma investigação das evidências bíblicas que apóiam a doutrina da Trindade. Várias referências, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, são consideradas em seus respectivos contextos linguísticos hebraicos e/ou gregos. O autor aponta, ainda, os erros mais comuns na interpretação de alguns desses textos.
Abstract: The present article provides an investigation of the biblical evidences supporting the doctrine of the Trinity. Many passages from both the Old and the New Testaments are considered within their original Hebrew and/or Greek linguistic settings. The author points out also the most common mistakes in the interpretation of some of thoses texts.
Introdução
Embora a palavra Trindade (do lat. trinitas, “tri-unidade” ou “tri-unicidade”) não se encontre na Bíblia (tampouco a palavra “encarnação”), o ensinamento que ela descreve está claramente contido nas Escrituras.1 Brevemente definida, a doutrina da Trindade compreende o conceito de que “Deus existe eternamente como três pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo; cada pessoa é plenamente Deus; e há um só Deus.”2
O próprio Deus é um mistério – quanto mais a encarnação ou a Trindade! Contudo, embora não sejamos capazes de compreender logicamente os vários aspectos da Trindade, precisamos tentar entender o melhor possível o ensino escriturístico a ela concernente.
Todas as tentativas para explicar a Trindade não atingirão o seu objetivo, “especialmente quando refletimos sobre a relação das três pessoas com a divina essência [...] todas as analogias falham e nos tornamos plenamente cônscios do fato de que a Trindade é um mistério muito além do nosso entendimento. É a incompreensível glória da Divindade.”3
Portanto, procedemos melhor em admitir que “o homem não pode compreendê-la e torná-la inteligível. É