Trezentas onças.
EXERCÍCIOS SOBRE O CONTO “ TREZENTAS ONÇAS, DE SIMÕES LOPES NETO”
HARIZE SILVEIRA
SANTA MARIA, RS. 2011
A- No conto, Trezentas Onças, o narrador Blau Nunes conta que está viajando sozinho, acompanhado somente de seu cão, em certo ponto de sua viagem, perde sua guaiaca com trezentas onças do patrão, desespera-se tanto por imaginar que seu patrão o consideraria um desonesto, que pensa em suicidar-se. Chega a engatinhar o revólver e colocá-lo no ouvido, mas o cusco lambendo-lhe as mãos, o relincho de seu cavalo, o brilho das Três Marias, o canto de um grilo, tudo lhe invoca a presença e a força divina, que o demove daquele ato transloucado. Assim, o gaúcho reequilibra-se e decide que venderá todos os seus bens e dará um jeito de pagar ao patrão o prejuízo da perda das trezentas onças. E volta para a Estância Coronilha, é então que tem uma feliz supresa: sobre a mesa estava sua guaiaca cheia de onças de ouro, encontrada por uma comitiva de tropeiros. E então ele fez a seguinte saudação: – “Louvado seja Jesus Cristo, patrício! Boa Noite! Entonces, que tal le foi o susto ?” B• 1. Pelos sinais aqui inscritos e pelas marcas em primeira pessoa, o narrador conta uma história que aconteceu consigo. Podemos defini-lo, então, como um narrador autodiegético. 2. O lugar de onde o narrador conta a história é o mesmo lugar em que ele viveu a história. 3. Os fatos aconteceram num tempo passado e o narrador utiliza a sua memória para conta-los. Não sabemos, no entanto, exatamente há quanto tempo os fatos transcorreram, apenas somos informados que Blau “estava começando a vida” nessa época. Apesar de distanciados no tempo, os acontecimentos parecem muito próximos afetivamente do narrador! A expressão “ parece que foi ontem” indica isso. 4. Que marcas no discurso do