Tres ensaios sobre a sexualidade-As aberrações
A pulsão sexual, libido, tem definições bem estabelecidas na opinião popular. Ela não se encontraria na infância, apareceria no processo de maturação da puberdade, seria manifestada na atração pelo sexo, e tudo isso visando à união sexual. Analisando é possível perceber vários erros e impasses, considerando-se que há um grande nível de desvios entre o objetivo e o alvo sexual.
Desvios ao objeto sexual: na opinião popular pode-se ver que há a crença que os seres se completam, homem mais mulher. Logo é surpreso de se ver que possa haver homens, cujos objetos são homens e mulheres, cujo são mulheres. Ou seja, invertidos (homossexuais, bissexuais e ocasionais). O objeto sexual para os invertidos não é o do mesmo sexo, mas sim uma junção de características de ambos os sexos. Esses invertidos tem um comportamento variado: Na aceitação de si próprio, existem aqueles que se consentem com sua opção como há aqueles que se rebelam e o sentem como uma compulsão patológica; Na relação temporal, a inversão pode ser de longa data ou em determinada época após a puberdade, como também sua conservação depende dos casos (vida toda ou temporário).
Em certa perspectiva de que a inversão possa ser eliminada, é possível negar a existência de inversão inata. O que se pode dizer é que fatores externos da primeira infância são determinantes para a orientação da libido. Essa fase se mantém no inconsciente, ou seja, com hipnose é possível a cura. Essa visão de inversão adquirida foi a falência quando se atentou que muitas pessoas ficam sob as mesmas influencias sexuais e sem se tornarem invertidos.
Desvios ao alvo sexual: o alvo sexual “normal” seria a união dos genitais, o coito, o que levaria à descarga de tensão sexual. No entanto, até mesmo em relações ditas normais, é possível reconhecer um principio daquilo que, se desenvolvido, se tornariam aberrações, logo há uma classificação das perversões e conexão delas com