Tres ensaios sobre a teoria da sexualidade de sigmund freud
Introdução
O trabalho de Freud traz grandes contribuições da teoria psicanalítica como a ampliação do conceito de sexualidade, não se restringindo ao genital, e a descoberta de sua importância em todas as atividades humanas.
O interesse de Freud a respeito das questões da sexualidade se originou a partir da observação clínica da importância dos fatores sexuais na etiologia das neuroses. De um estudo sobre os desvios em relação ao objeto e ao alvo sexual, o autor inicia um estudo minucioso.
Sigmund Freud percorre os trilhos da sexualidade humana, do normal e do patológico, ao longo de três temas principais: as aberrações sexuais, a sexualidade infantil e as transformações da puberdade. Freud desenvolve a sua teoria sobre o desenvolvimento psicossexual, defendendo que a sexualidade é um processo que tem o seu início com o próprio nascimento, e não apenas com a puberdade.
Os três ensaios é um texto estruturado que expõe idéias, críticas, reflexões morais e filosóficas a respeito do tema. Não chega a ter a formalidade de um tratado, mas consiste na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema. Entendemos que os Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, constituem o que poderíamos designar como uma "obra aberta", em que diferentes teses sobre a pulsão sexual - muitas vezes, contraditórias entre si - são apresentadas, lado a lado, sem uma preocupação com qualquer tipo de síntese conclusiva. Particularmente em relação aos fundamentos do sujeito psíquico e da sexualidade, partimos de algumas preocupações básicas a respeito de conceitos-chave como o auto-erotismo, o narcisismo e o masoquismo primário. O primeiro dos "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade" aborda "As aberrações sexuais" e possui um caráter predominantemente fenomenológico. Freud adota uma atitude descritiva para alcançar a variabilidade e a disseminação das “aberrações” sexuais, especificando-as quanto à inversão da