Ensaios sobre a sexualidade
Livro: Freud e o inconsciente; Roza, Luiz Alfredo Garcia, 2009, 24ª. Edição
Freud no princípio de sua teoria ao construir o Projeto da Psicanálise, baseava-se as teorias na noção do Instinto, que posteriormente vai ser substituída pelo conceito genérico de uma Pulsão (al. Trieb, ing. drive) onde compreendemos na psicologia como um impulso energético interno que direciona o comportamento do indivíduo. Porém o texto “Os três ensaios sobre a sexualidade”, (Freud, 1905) fala especificamente da pulsão sexual em particular e também mais tarde vai fornecer a Freud os elementos indispensáveis para a compreensão do
Complexo de Édipo, através da teoria da sedução,devido as narrações dos pacientes que ele caracterizava o comportamento das suas pacientes histéricas como resultante de reais tentativas de sedução paterna no contexto da infância.Mais tarde conferida ao complexo de
Édipo se daria tanto pela descoberta da sexualidade infantil quanto do papel da fantasia e dos desejos no terreno clínico da psicopatologia. A superação da teoria do trauma implicava em 2 descobertas: o papel da fantasia e a da sexualidade infantil. Apesar dele não citar o complexo de Édipo uma vez nesta obra, a não ser em notas de rodapé de pagina acrescentadas posteriormente. Vale salientar que Freud não admitia ainda a existência de uma sexualidade infantil, portanto não poderia haver sedução infantil e ainda não tinha concebido o conceito de inconsciente. Mas a sexualidade estava presente desde os Estudos sobre a histeria (18931895) onde a teoria e a terapia sustentavam que a histeria provinha de um trauma psíquico que teria sido recalcado e da vítima ter sido seduzida sexualmente na infância transformando em patogênico. Freud concebeu a priori 2 momentos para o caráter traumático: o primeiro, haveria apenas a cena na qual a criança sofreria a sedução sexual; e o segundo momento, ocorreria a partir da