treinamento
Prof. Samir N. Y. Gerges, Ph.D.
Nos últimos 10 anos grandes avanços foram conseguidos no entendimento e uso dos protetores auditivos e sua avaliação e ensaios em laboratórios. Até 1997 todas as normas de ensaio de atenuação dos protetores auditivos e, consequentemente, todos os laudos de ensaios e certificados de aprovação (CA) no Brasil foram baseados nas normas ANSI S13.9-1974 e S12.6 1984 e/ou ISO
4869-3. Estas normas especificam procedimentos para ensaio de MAIOR
ATENUAÇÃO do ruído que um protetor auditivo pode fornecer, usando ouvintes bem treinados para colocação perfeita do protetor e com ajuda do executor do ensaio. As conseqüências destas foram a obtenção de valores de atenuação e o número único NRR "Nível de Redução de Ruído" muito altos que não representavam os valores obtidos no mundo. Por isto a NIOSH e OHHSA
(órgãos federais de pesquisa e fiscalização nos EUA) recomendam aplicar fatores de correção (de baixa precisão) para baixar os altos valores de atenuação.
Estes valores de correção por não serem de precisão, não atenderam todos os tipos e acabaram gerando mais confusão. Por exemplo um protetor tipo plug de silicone com NRR = 33 dB (que é o caso de maior NRR no mercado mundial), tem fator de correção recomendado por NIOSH de 0,3 - usado em ambiente de
100 dBA, então o usuário fica exposto em nível de pressão sonora de = 100 - (33 x 0,3 -7) = 97,1 - isto é a atenuação deste protetor é apenas 100 - 97,1 = 2,9 dB que não pode ser um valor real (muito pequeno). Desta forma foi aprovada em
1997, uma nova norma a ANSI S12.6 - 1997 (B) que baseada na realização de ensaios com ouvintes NÃO EXPERIENTES, SEM TREINO E SEM AJUDA
PELO EXECUTOR DO ENSAIO PARA COLOCAR O PROTETOR. Este método se chama "Subject fit = sf" ou colocação por ouvintes, e o correspondente NRR se chama NRRsf. Esta norma já está sendo usada em vários países tais como Nova Zelândia, Austrália e Brasil. Neste