Treinamento
A educação física e o treinamento esportivo no Brasil ainda permanecem vinculados à dicotomia entre o “conhecimento prático” e o “conhecimento teórico” – linha tecnicista e linha humanista (crítico – social). Professores que acreditam que a aprendizagem da técnica e o desenvolvimento das capacidades táticas nos esportes (principalmente em forma de “jogadas” ou esquemas táticos) estão relacionados, quase que exclusivamente, à repetição dos gestos técnicos à automatização das ações táticas. O método de ensino – aprendizagem – treinamento baseia-se, portanto, na repetição de gestos técnicos – dos chamados “fundamentos” – com pouca visão pedagógica, metodológica, educacional e formativa. Lamentavelmente, os conteúdos temáticos se repetem de série em série, de ano em ano, variando apenas, por exemplo, a intensidade dos exercícios ou o número de repetições. Os objetivos didáticos – pedagógicos propostos também se repetem, ano após ano. De primeira a quarta série: iniciação, jogos, joguinhos, etc. De quinta a oitava série: iniciação aos esportes, através de jogos pré-desportivos. Na primeira parte da aula após o aquecimento, trabalha-se a técnica, os fundamentos, geralmente com metodologias analíticas. O mesmo acontece no segundo e terceiro graus. O aluno está sempre em fase de iniciação ao esporte (iniciação à técnica, iniciação ao jogo). Temos, portanto, dentro desta corrente da educação física e dos esportes muitas instituições de ensino, formar ou não, que tem como o principal método de ensino – aprendizagem – treinamento para os jogos esportivos, a seqüência: 1º) treinamento técnico; logo a seguir treinamento tático. A outra corrente que se observa na educação física no Brasil segue os princípios da linha humanista e adota um critério oposto. Uma visão extrema da visão humanista está representada por um grande grupo de professores da denominada “linha crítico – social”. Nesta corrente, considera-se que o esporte estimula a competição