Treinamento Resistido na saúde, doença e envelhecimento
NA SAÚDE, NA DOENÇA E NO ENVELHECIMENTO
Dr. José Maria Santarem* A atividade física é atualmente reconhecida como um importante fator promotor de saúde em todas as idades (47, 65, 73). Estudos epidemiológicos evidenciaram que as populações fisicamente ativas têm menor incidência de muitas doenças crônicas, entre elas a hipertensão arterial, obesidade, diabetes do tipo II, dislipidemia, osteoporose, sarcopenia, ansiedade e depressão. Consequentemente, diminui a ocorrência de aterosclerose e suas consequências: doença coronariana, doença cérebro-vascular e doença vascular periférica. A atividade física também tende a manter níveis adequados de aptidão física durante o envelhecimento, reduzindo o risco de quedas e permitindo a realização confortável e segura dos esforços da vida diária. As pessoas adequadamente ativas apresentam menor risco de confinamento no leito devido à fraturas ósseas ou incapacidade física, apresentando menor taxa de mortalidade por infecções pulmonares e tromboembolismo. Alguns estudos associam pouca atividade física com altas taxas de mortalidade por todas as causas, e estima-se que 250.000 mortes por ano nos Estados Unidos da América poderiam ser evitadas por atividade física habitual. De maneira geral, a atividade física tem efeitos fisiológicos contrários aos do sedentarismo (44). A composição corporal tende a piorar no sedentarismo devido ao aumento do tecido adiposo e redução da massa óssea e da massa muscular. Todas as qualidades de aptidão física apresentam redução em seus níveis nas pessoas sedentárias, dificultando a vida diária e reduzindo o bem estar psicológico e social. O fato de que os efeitos do sedentarismo são lentamente instalados, explica porque pessoas jovens sedentárias não costumam ter consciência dos seus malefícios. Por outro lado, as pessoas idosas sentem os efeitos do sedentarismo nas limitações que encontram para a vida diária, e nas