Exercício resistido e idoso
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INTRODUÇÃO De acordo com Campos (2008), o envelhecimento é um processo inexorável e multifatorial, que inclui fatores genéticos e ambientais influenciados por doenças e hábitos deletérios à saúde. A OMS definiu incapacidade funcional como a dificuldade de realizar atividades típicas e pessoalmente desejadas. A função, um dos parâmetros de qualidade de vida dos idosos, pode beneficiar aspectos físicos, psicológicos e cognitivos. A avaliação da funcionalidade incide sobre o desempenho de atividades e funções em diferentes áreas, dentre as quais as tarefas da vida cotidiana, as interações sociais, as atividades de lazer e outras requisições do dia-a-dia. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2006), uma das causas da baixa qualidade de vida entre os indivíduos acima de 60 anos é a pouca capacidade funcional e a falta de aptidão física dessas pessoas. A capacidade cardiovascular, massa muscular, força muscular e flexibilidade sofrem declínio com o avançar da idade e aumentam com a falta de movimentos do corpo. Dentre os hábitos saudáveis encontra-se a prática regular de exercícios físicos, Várias pesquisas comprovam que o, quando bem orientado, promove efeitos benéficos à saúde. Conforme Berger e McInman, (1993 apud Samulski, 2002, p. 308), a influência do exercício físico no processo de envelhecimento afeta diretamente a qualidade, se não a quantidade de vida. Para Júnior e Siqueira (2008), conforme se envelhece, observa-se uma redução na massa muscular; isso pode ser causado pela diminuição no tamanho ou perda das fibras musculares ou ainda, ambos. O treinamento resistido, mais do que qualquer outro, estaria auxiliando na diminuição dos efeitos negativos do envelhecimento sobre os aspectos neuromusculares, proporcionando mais saúde e independência aos mais velhos Júnior e Siqueira (2008).
A fraqueza musculoesquelética tem sido uma das maiores causas de incapacidade nas populações, predispondo os idosos a quedas e limitando as