Resenha do Filme "Os miseráveis"
RESENHA DO FILME “OS MISERÁVEIS”
O filme retrata a vida de um homem de nome Jean Valjean que por ter roubado um pão para alimentar a família, ele é preso e passa 19 anos encarcerado. Solto, rejeitado por causa de sua origem, tomado de ódio, ele é acolhido por uma noite pelo bispo Myriel, da cidade de Digne. O encontro transforma radicalmente sua vida. Ele então se instala em Montreuil-sur-Mer, onde muda sua identidade e prospera como negociante de vidrilhos. Torna-se a pessoa mais importante da cidade, adorada em razão de seu desapego e das benfeitorias que promove. Mas logo ele é acometido por uma crise de consciência, revela sua identidade e vai preso novamente.
Assim que consegue fugir do navio-prisão, é dado como morto. Segue então para Montfermeil, onde resgata Cosette das mãos do asqueroso estalajadeiro Thénardier. Cosette é filha de Fantine, ex-prostituta a quem Valjean acolheu. Morta antes que pudesse rever a filha, Fantine deixou-a na estalagem por falta de recursos para criá-la.
Em seguida, os dois se estabelecem em Paris, onde vivem como se fossem pai e filha. Na capital francesa, Cosette conhece Marius, filho de um general napoleônico que se junta a um bando de jovens republicanos e vai às barricadas em 1832. É com ele nos braços que Jean Valjean empreende o périplo pelos esgotos de Paris, numa das passagens mais conhecidas do livro. Desde a primeira fuga das galés, em 1815, Valjean é seguido de perto pelo inspetor de polícia Javert, que busca prendê-lo a todo custo e divide com ele o posto de personagem de maior destaque do livro.
Da primeira à última linha, a aposta do narrador é uma aposta moral. Parece haver uma crença na possibilidade de redenção coletiva a partir da idéia de “bondade”. É esse o valor que opera nos momentos de maior tensão, e que dá origem a dilemas de alcance vasto. Pense-se na decisão de Valjean de se entregar à polícia, por exemplo. Nesse caso, levar a retidão moral às últimas