resenha do filme os miseráveis
Valjean reconhece em Fantine toda a sua miséria do passado.
Trabalhando as clássicas 16 horas por dia que todos se acostumaram a ler na escola mas que jamais poderiam compreender como é vivenciar, Fantine dedica cada segundo da sua vida para juntar dinheiro para enviar para a filha Cosette que vive com um casal de estelionatários donos de uma pensão fora da cidade, já que o pai da criança abandonou a mulher antes mesmo da menina nascer. Dona de uma beleza impar, Fantine é constantemente assediada e vítima das maiores injustiças entre as outras costureiras com que trabalham.
O drama dos dois personagens se cruza junto aos numerosos dilemas que ambos são obrigados a passar cada vez que o injusto e corrupto pais governado pela burguesia que se dizia partir dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade começa a mostrar a carência de justiça e o excesso de arrogância e prepotência de quem está no poder. Contrastando com esse cenário de repúdio e desolação, os protagonistas exploram cada um dos pontos que a história deixou de contar e/ou não deu a devida importância por nunca se importar com a história dos menos afortunados, porém que não passaram desapercebidos pelos olhos de Victor Hugo.
Javert é o resquício de uma ideologia falha.
Se para os espectadores o filme já abrilhanta os olhos pelo enredo,