Os três paradigmas da imagem segundo Santaella
Santaella diz que há 3 paradigmas no processo evolutivo da imagem : o préfotográfico, onde as imagens são produzidas manualmente; o fotográfico, onde se capta o mundo visível através de uma máquina; e o pós-fotográfico, em que as imagens são sintéticas e infográficas, produzidas por computação. No texto, a autora explica que essa divisão foi feita levando em conta as rupturas entre os recursos, técnicas, instrumentação, meios e mídias utilizadas para produzir, armazenar e transmitir imagens em cada paradigma. É através disso que ocorre o processo de signo, ele não pode dispensar esses fatores para existir. Cada uma dessas rupturas altera, por consequência, a percepção, cognição, epistemologia e o psicológico dos indivíduos. Paradigma pré-fotográfico - Imagem criada
O paradigma pré-fotográfico caracteriza-se pela produção artesanal, em que eram exigidas habilidades manuais. Há uma ligação forte da imagem com o material e o suporte usado para produzi-la, sendo estes sempre presentes físicamente. Aí se encaixam desde as imagens presentes nas paredes das cavernas, o desenho, a pintura, a gravura, e até mesmo a escultura e arquitetura. As técnicas com que cada uma dessas categorias trabalha são diferentes, porém todas elas exigem a mão do homem para serem executadas.
A autora toma como exemplo para este paradigma a pintura, que é feita sobre um suporte que está pronto pra receber substâncias, como por exemplo a tinta, que servem para o artista, o produtor da imagem, deixar marcas sobre a superfície usando os instrumentos que deseja, afim de representar seu olhar sobre o mundo. Ao terminar seu trabalho, ali haverá uma imagem única, concebida pelo autor da pintura em um instante quase que mágico, onde ele pôs o mundo numa tela. Isso exige
tempo, já que durante o processo o artista cuida de cada detalhe e retoque, modificando o trabalho até o momento em que lhe pareça estar concluído, mas pode retomá-lo, caso