Treinamento competitivo e infância
Escolhi este tema devido ao meu interesse em poder aplicar conceitos da psicologia da educação na prática esportiva e na preparação física infantil e de jovens atletas. Para desenvolver minha temática, encontrei vários artigos e textos, mas acabei selecionando dois que se encaixavam melhor em meu modo de pensar o treinamento esportivo, e por esse motivo, orientaram este trabalho: “Estudo comparativo entre o nível de stress de crianças envolvidas em diferentes esportes organizados e em atividades físicas competitivas informais” (COELHO, Ricardo Weigert; COELHO, Yara Beduschi. Revista Treinamento Desportivo, Curitiba, v. 5, n. 1, p. 27-39, 2000) e “Infância, sociedade e cultura” (GOUVEA, Maria Cristina Soares de. (2003). In:CARVALHO, Alysson. et al. Desenvolvimento e Aprendizagem. P. 13-28, Belo Horizonte: Editora UFMG). No primeiro artigo, os autores buscam mostrar como a atividade física faz parte do desenvolvimento da criança. Mas, infelizmente, são poucos os profissionais bem informados sobre as conseqüências psicológicas dessa participação em atividades competitivas. O estudo foi realizado através de uma pesquisa de campo, com um grupo de 354 crianças da faixa etária de 9 a 12 anos, da região urbana de Curitiba, aleatoriamente selecionadas. O artigo me propiciou um contato maior com a realidade do treinamento esportivo infantil, bem como as possibilidades de desenvolvimento do mesmo de forma gradual, no qual haja uma preocupação constante com o desenvolvimento psicológico das crianças envolvidas. O segundo, analisa de forma geral o conceito de infância e seu processo de formação na sociedade atual, buscando esclarecer os estágios e as particularidades do modo como a criança vê o mundo e os jogos e brincadeiras. O conhecimento sobre o efeito da atividade esportiva na vida de uma criança é, muitas vezes, ignorado porque, com raras exceções, o esporte está nas mãos de pessoas