Especialização precoce no esporte
E o termo usado para expressar o processo de treinamentos intensivos, especializados e voltado para a competição em crianças antes da fase de maturação, treinamentos esses com freqüência de três vezes semanais (+ de 10 horas semanias). Conforme Neto e Voser (2001), os prejuízos de uma especialização precoce podem ser divididos em quatro grandes áreas: físicos, psicológicos, motrizes e riscos do tipo esportivo, podendo causar traumas irreparáveis na vida de uma criança. Estudiosos em desenvolvimento e aprendizagem motora concordam que a criança deve ser estimulada o Maximo possível levando em conta as capacidades motoras referentes a idade. Segundo Krebs (1987) a especialização precoce é um fenômeno multifatorial em que fatores fisiológicos, psicossociais, biomecânicos e de aprendizagem são subdomínios interdependentes, não podendo ser interpretados isoladamente. Ainda segundo o professor Krebs, “Um modelo de esporte para crianças baseado exclusivamente na fisiologia pediátrica do exercício mostraria apenas parte do complexo fenômeno da prática esportiva infantil”. Para ele, é necessário haver uma harmonia entre os vários aspectos. “A cobrança excessiva, bem como a exclusão de outras atividades ludicas, tendem a causar frustração e baixa auto-estima nessa criança Na área das lutas a especialização precoce infelizmente é muito forte, devido ao fato de ser uma área muito voltada para a competição e busca de resultados. O treinamento esportivo em uma única modalidade acaba levando a criança a lateralização e consequentemente limitando a criança, tirando dela a possibilidade de experimentar novas experiências, A interrupção do crescimento pode ocorrer em um talento que se especializou precocemente em uma única arte marcial como por exemplo o carate, e não teve experiências com outras lutas até a terceira fase de desenvolvimento, ou seja, dos 06 aos 12 anos de idade. Esse fato poderá retirá-lo do mundo dos esportes, já