Direitos Humanos
ESPORTIVA PRECOCE: CONSIDERAÇÕES
METODOLÓGICAS e FILOSÓFICAS.
Jorge Dorfman Knijnik1
Marcelo Massa2
Marco Antônio de Carvalho Ferretti3
KNIJNIK, J.D. ; MASSA, M.; FERRETTI, M. A. C. Direitos Humanos e Especialização Esportiva
Precoce: Considerações Metodológicas e Filosóficas. In: Afonso Antonio Machado (org.)
Especialização Esportiva Precoce: Perspectivas atuais da Psicologia do Esporte. Jundiaí,
Fontoura, 2008, pág. 109-128.
1
Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo/Curso de Educação Física da
Universidade Presbiteriana Mackenzie
2
Curso de Educação Física da Universidade Presbiteriana Mackenzie/Universidade São Judas Tadeu
3
Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo
2
Direitos
Humanos
e
Especialização
Esportiva
Precoce:
Considerações Metodológicas e Filosóficas
INTRODUÇÃO
A especialização precoce é uma das temáticas mais recorrentes no debate sobre a iniciação esportiva no Brasil. Medina (1992) já na década de 1980 trazia esta discussão, enfatizando o quanto esta prática poderia ser nociva às crianças nela envolvidas.
Embora o discurso favorável a procedimentos que possam ser enquadrados nesta categoria de especialização tenha arrefecido na última década - sobretudo em função da emergência e da evolução de novas metodologias no campo da pedagogia esportiva - o fato é que as práticas que tendem a especializar crianças precocemente no esporte continuam sendo largamente empregadas, em clubes, escolas de esportes e até mesmo em processos de educação formal.
As dificuldades em se realizarem estudos longitudinais, de longo prazo, acompanhando o desenvolvimento esportivo ulterior de crianças submetidas a várias formas de iniciação esportiva (dentre as quais aquelas que podem ser reconhecidas como de especialização precoce) fazem com que as posições favoráveis ou contrárias a estas práticas patinem ao apontar seus argumentos: