Ideias inatas
Antes de falar sobre alguns dos filósofos que defendiam as perspectivas inatas e aqueles que não defendiam é preciso, em primeiro lugar, conceituar ideias inatas.
Entende-se por ideias inatas aquelas ideias que já nascem dentro de cada indivíduo, não precisando aprendê-las. Ideias que não necessitam experiências anteriores.
Sabe-se também que o inatismo não se aplica a todas as ideias, apenas um tipo específico delas, como a de um Deus Perfeito, da substância pensante e da matéria extensa.
Os exemplos a seguir podem não estar dentro dos parâmetros de ideias inatas específicas, mas servirá para entender melhor do que se trata essas ideias já existentes.
Ex 1:. A ideia de triângulo, dada por sua definição e não por algum triângulo sensível, de certa forma já se encontra no espírito de cada um, que as concebem de forma puramente intelectual, sem necessitar de nada estrangeiro, ou seja, nada externo ou da experiência sensível para descobrir.
Caso o primeiro exemplo não tenha sido claro, propõe-se o segundo.
Ex 2:. Mesmo sem ter tido contato com um gato antes, dentro de cada um é possível saber suas formas e características. E se um dia chegar a ter uma experiência sensível e este gato só tiver três patas você saberá que algo está errado, porque normalmente ele teria quatro ao invés de apenas três patas.
Filósofos como Platão, René Descartes, Leibnitz, Sócrates e Chomsky acreditavam nas ideias inatas.
Descartes: Não negava que a maioria de nossas ideias que eram formadas a partir da experiência e dependiam da nossa percepção sensível, ou como ele diz, vêm de fora, são estrangeiras. Acontece que para ele essas ideias empíricas justamente por dependerem da pouco confiável e enganosa percepção sensível, sempre estão sujeitas à dúvida, são geralmente ideias confusas. As ideias que, do ponto de vista da sua formação, podemos considerar nascidas com a nossa mente, ou inatas, são precisamente aquelas que nada indicam que as tenhamos recebido dos sentidos ou